Untitled - Azul de Titão, Azul de Trovão
Azul? O Céu?
Quem o diz?
Em dias de Titão,
Azul o vemos.
Mas quando as nuvens choram,
E as geladas montanhas se derretem,
Escuras manchas moram
No irregular tecto de algodão.
Não é céu também?
É, mas azul não.
Quando Titão,
Leve e calmo se deita
Sobre um azul mar derretido,
Não fica o céu laranja?
De vermelho e amarelo tingido?
Mas não o chamam alaranjado:
Dizem-no azul em todo o lado.
E adormecido Titão,
Acordam as estrelas,
Acordam os planetas:
Afrodite, Zeus e Chronus renascidos;
Qual a cor do manto pontilhado
Sob minguante Diana aos gritos?
Onde o Castor, a Capella e Rigel
Exclamam à Electra, Alcyone e Atlas
Que do alto embalam Orpheu e sua lira
Num belo sonho voado na águia de trovão
Perseguindo tristonho Titão:
É negro, este manto,
Onde alegres histórias perduram.
A cor do céu varia,
É diferente a cada dia:
Depende do Trovão,
e depende de Titão.
Porque dizem ser azul o céu?
Não é sempre a cor dele;
Para saber a cor deste véu,
Simplesmente olhem, olhem para ele.
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